Alunas trans protestam contra atitudes transfóbicas em escola de Maceió: Pedidos de respeito, igualdade e justiça marcaram manifestação.

Na manhã desta quinta-feira, a Escola Estadual Dom Otávio Barbosa Aguiar, localizada no bairro Benedito Bentes, em Maceió, foi palco de um protesto protagonizado pelos alunos em repúdio às atitudes transfóbicas perpetradas pela administração escolar contra três alunas transsexuais. Os estudantes se reuniram em frente à instituição de ensino, munidos de cartazes onde exigiam respeito, igualdade e justiça para as colegas discriminadas.

Segundo relato de uma das alunas trans envolvidas, Sthela Rocha de Oliveira, o episódio de discriminação aconteceu no dia 8 de novembro, durante os jogos internos da escola. Sthela e suas amigas tentaram usar o banheiro feminino, mas foram impedidas pelo porteiro, que afirmou estar cumprindo ordens da direção que exigia que aguardassem a saída das outras alunas. Ao questionarem a diretoria, foram confrontadas com a indagação sobre quem seria uma “mulher de verdade” e informadas de que a decisão partira do conselho escolar.

As alunas foram informadas de que, segundo a interpretação da direção, somente aquelas que tivessem passado pela cirurgia de redesignação de gênero poderiam utilizar o banheiro feminino. A situação gerou revolta entre os estudantes, que se mobilizaram para protestar contra a discriminação e a falta de respeito às identidades de gênero.

O deputado Cabo Bebeto também se pronunciou sobre o caso durante uma sessão na Assembleia Legislativa, fazendo declarações polêmicas ao sugerir a substituição das placas “homens” e “mulheres” por “pênis” e “vagina”. A questão levantada pela administração da escola gerou um debate acalorado sobre a inclusão e o respeito às diversidades de gênero no ambiente educacional.

O protesto dos alunos da Escola Estadual Dom Otávio Barbosa Aguiar evidencia a importância da luta contra a transfobia e a necessidade de promover ambientes escolares mais inclusivos e respeitosos com a diversidade de gênero. Além disso, reforça a importância do diálogo e da conscientização para combater as práticas discriminatórias e garantir os direitos de todos os estudantes, independentemente de sua identidade de gênero.

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