Alicia, que não possui especialidade declarada, teve seu CRM ativado no dia 26 de dezembro de 2024. A defesa da estudante afirmou que ela tem direito ao esquecimento, visto que a Justiça já analisou os fatos e determinou as consequências legais cabíveis.
O caso teve início em janeiro de 2023, quando a Polícia Civil iniciou uma investigação contra Alicia por suspeita de apropriação indébita e estelionato. A estudante teria desviado cerca de R$ 920 mil do fundo de formandos da 106ª turma da Faculdade de Medicina da USP, além de tentar fraudar o pagamento de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil.
Após confessar em depoimento à Polícia Civil, Alicia foi indiciada por nove crimes de apropriação indébita e concurso material. A jovem, que ficou meses afastada da universidade, voltou a frequentar as aulas em março daquele ano. Em julho de 2024, foi condenada por estelionato no regime semiaberto.
Apesar da condenação, Alicia conseguiu ativar seu CRM e está exercendo a profissão de médica. O caso levanta questionamentos sobre a ética e a transparência no exercício da medicina, especialmente quando envolve questões de desvio de verbas e condutas criminosas. A decisão de permitir que Alicia continue atuando como médica gerou debates e polêmicas no meio jurídico e na sociedade em geral.