Os brasileiros sentiram no bolso o aumento de 7,69% nos alimentos e bebidas, muito acima da inflação oficial do país, que ficou em 4,83% de acordo com o IPCA divulgado pelo IBGE. Itens como suco de laranja e café tiveram aumentos expressivos, chegando a 48,3% e 39,6%, respectivamente. Até mesmo o preço da carne teve uma alta significativa, com cortes como contrafilé e patinho subindo 20%.
Os problemas na produção foram evidenciados pelo clima extremo de 2024, que trouxe muito calor, seca prolongada e enchentes que afetaram principalmente o sul do país. A produção de laranjas foi uma das mais prejudicadas, com aumento de 48,3% nos preços devido à baixa quantidade de frutas e a doença greening.
O café, que já vinha sofrendo com intempéries nos anos anteriores, teve um aumento de 39,6%. Especialistas apontam que a perspectiva é de que os preços continuem altos até 2026, devido também à crise na produção do Vietnã, que aumentou a demanda internacional pela bebida.
A carne bovina também teve uma alta expressiva, com aumento de 20,8% nos preços no ano passado. Fatores como o ciclo pecuário, o clima e as exportações foram determinantes para essa elevação nos preços. Analistas consultados afirmam que a tendência é que os preços continuem altos em 2025 e até 2026.
Enquanto isso, produtos como cebola e tomate tiveram quedas nos preços devido ao clima favorável, com uma diminuição de 35,3% e 25,8%, respectivamente. Essa variação nos preços dos alimentos foi também influenciada pelo clima ao longo do ano. A perspectiva é de que os preços dos alimentos continuem instáveis nos próximos anos, devido a fatores climáticos e condições de mercado.