Alta autoridade iraniana resistiu à pressão interna para atacar Israel após morte de general em ataque na Síria, diz agência.

O clima de tensão entre Irã e Israel tem se intensificado nas últimas semanas, após um ataque aéreo israelense ao edifício do consulado iraniano em Damasco resultar na morte de sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo um importante general iraniano. A promessa de retaliação por parte do Irã gerou debates internos sobre como agir diante da pressão dos militares e das advertências dos Estados Unidos.

Mojtaba Zonnour, clérigo conservador e chefe da comissão de segurança nacional e política externa do parlamento iraniano, afirmou que qualquer decisão de retaliar contra Israel deve considerar os interesses e a segurança nacional do país, sem ceder a pressões públicas. Zonnour ressaltou que uma resposta iraniana virá, porém sem especificar quando.

Enquanto alguns setores da sociedade iraniana criticam a falta de ação imediata por parte dos militares e da liderança do país, outros demonstram preocupação com as possíveis consequências de um conflito com Israel. A pressão sobre a economia do Irã, já fragilizada por sanções internacionais, é vista como um fator agravante que deve ser considerado antes de qualquer ação militar.

Pichações em muros de Teerã refletem a divergência de opiniões no país, com mensagens cobrando uma retaliação mais forte contra Israel e outras questionando a coragem do governo iraniano diante do conflito. O clima de incerteza e expectativa quanto à resposta do Irã mantém a tensão na região, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desse episódio.

O Irã se encontra em um delicado equilíbrio entre as demandas internas por retaliação e as pressões externas, com a questão da segurança nacional e os interesses do país em jogo. A expectativa é de que alguma resposta seja apresentada em breve, porém as circunstâncias em torno desse conflito permanecem incertas.

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