Após tentativas frustradas de contato, os assessores da relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke, e policiais da comissão descobriram que Fernandin estava almoçando com o ministro do STF em Brasília. Sem causar constrangimentos ao magistrado, a Polícia Legislativa foi acionada para interceptar o empresário no Aeroporto da capital federal.
Após horas de espera, Fernandin foi abordado e intimado a prestar depoimento à CPI. Durante o interrogatório, ele negou ser o representante da empresa que criou o Jogo do Tigrinho e relatou uma antiga amizade com o ministro Kassio Marques, do tempo em que compartilhavam refeições típicas do Piauí.
A presença de Fernandin em eventos festivos ao lado de figuras políticas, como o cantor Gusttavo Lima e o senador Ciro Nogueira, gerou questionamentos sobre possíveis influências em suas atividades empresariais. Além disso, o empresário foi apontado pelo Coaf em transações financeiras suspeitas, envolvendo valores milionários.
A relação entre Fernandin e o ministro do STF levantou dúvidas sobre possíveis favorecimentos, mas durante o depoimento, o empresário tentou minimizar o impacto, ressaltando a natureza amistosa de sua convivência com Kassio Nunes Marques.
Diante das revelações durante a CPI, a defesa de Fernandin negou qualquer irregularidade em suas transações financeiras e reiterou a legalidade de suas operações no setor de entretenimento online. A pressão dos senadores para esclarecer os eventos envolvendo o empresário e o ministro coloca em xeque a transparência das relações políticas nos bastidores do poder.
Os desdobramentos desse episódio controverso prometem gerar novos capítulos na investigação da CPI das Bets, reacendendo debates sobre a regulação dos jogos de azar no país e a influência de interesses privados no cenário político nacional. O desfecho dessa trama promete mexer com os corredores do poder e levantar questionamentos sobre ética, transparência e integridade no cenário político brasileiro.
