Aliança do Sahel rejeita adiamento da CEDEAO e segue firme com retirada em 2025, fortalecendo pacto e laços com Rússia.

A Aliança dos Estados do Sahel, formada por Mali, Burkina Faso e Níger, rejeitou enfaticamente a proposta da CEDEAO de adiar sua retirada do bloco regional por seis meses. Determinado em sua decisão de sair em janeiro de 2025, o trio classificou o cronograma da CEDEAO como desestabilizador.

A formação da Nova Confederação do Sahel representa um marco significativo para as antigas colônias francesas, que buscam a retirada das tropas francesas e norte-americanas da região, alegando sua ineficácia no combate ao terrorismo. Estabelecido sob o pacto do Sahel de 2023, o bloco tem como objetivo fortalecer as capacidades de defesa, colaborar na luta contra grupos jihadistas, estabelecer um banco de investimento conjunto e compartilhar recursos para projetos de desenvolvimento econômico.

As capacidades militares das nações que compõem a Aliança do Sahel incluem uma variedade de equipamentos militares, desde tanques da era soviética até drones avançados. Os motivos que impulsionaram a formação da aliança foram a retirada das tropas do Ocidente da África, a ameaça de intervenção militar da CEDEAO após o golpe no Níger e a busca por controle sobre os ricos recursos da região, como ouro, lítio, urânio, cobre e terras aráveis.

A Rússia tem desempenhado um papel ativo no fortalecimento das capacidades militares dos países do Sahel, fornecendo treinamento militar e buscando desenvolver relações comerciais e econômicas mutuamente benéficas com essas nações. O embaixador Igor Gromyko destacou a chegada de instrutores militares russos ao Níger e o aumento da mobilização de especialistas em contraterrorismo em Burkina Faso.

Diante desse contexto geopolítico complexo, a Aliança do Sahel se posiciona como um ator regional em ascensão, buscando assertivamente consolidar sua autonomia e garantir sua segurança e desenvolvimento.

Sair da versão mobile