A formação da Nova Confederação do Sahel representa um marco significativo para as antigas colônias francesas, que buscam a retirada das tropas francesas e norte-americanas da região, alegando sua ineficácia no combate ao terrorismo. Estabelecido sob o pacto do Sahel de 2023, o bloco tem como objetivo fortalecer as capacidades de defesa, colaborar na luta contra grupos jihadistas, estabelecer um banco de investimento conjunto e compartilhar recursos para projetos de desenvolvimento econômico.
As capacidades militares das nações que compõem a Aliança do Sahel incluem uma variedade de equipamentos militares, desde tanques da era soviética até drones avançados. Os motivos que impulsionaram a formação da aliança foram a retirada das tropas do Ocidente da África, a ameaça de intervenção militar da CEDEAO após o golpe no Níger e a busca por controle sobre os ricos recursos da região, como ouro, lítio, urânio, cobre e terras aráveis.
A Rússia tem desempenhado um papel ativo no fortalecimento das capacidades militares dos países do Sahel, fornecendo treinamento militar e buscando desenvolver relações comerciais e econômicas mutuamente benéficas com essas nações. O embaixador Igor Gromyko destacou a chegada de instrutores militares russos ao Níger e o aumento da mobilização de especialistas em contraterrorismo em Burkina Faso.
Diante desse contexto geopolítico complexo, a Aliança do Sahel se posiciona como um ator regional em ascensão, buscando assertivamente consolidar sua autonomia e garantir sua segurança e desenvolvimento.