Dentro desse contexto, os aliados de Tarcísio argumentam que, ao permanecer no Republicanos, ele consegue manter um perfil que pode atrair eleitores menos polarizados. Isso é especialmente relevante, pois o governador já conta com o apoio da base bolsonarista, o que lhe assegura uma parte significativa do eleitorado de direita. Portanto, o grande desafio para Tarcísio, caso decida se candidatar à presidência, será conquistar o voto dos centristas, cujas preocupações frequentemente abrangem a busca por estabilidade política e econômica.
Líderes do Republicanos já vislumbram um futuro promissor no caso de Tarcísio optar por disputar a presidência. Eles acreditam que a presença do governador no partido pode resultar em um aumento significativo da representatividade da legenda na Câmara dos Deputados, com uma meta de alcançar mais de 70 cadeiras nas eleições de 2026. Para esses caciques, uma candidatura forte de Tarcísio poderia consolidar a posição do Republicanos como uma força importante na política nacional, especialmente em um cenário onde outras legendas buscam recuperar prestígio.
Em suma, a estratégia de permanência no Republicanos parece ser uma tentativa consciente de balancear as demandas do eleitorado, construindo uma imagem que combine o apoio da direita tradicional com uma acessibilidade a eleitores de centro. O próximo passo de Tarcísio e as consequências dessa decisão para o panorama político paulista e nacional são questões que prometem gerar intensos debates nos meses que se seguem.









