Alexandre de Moraes libera envio de cartas a Jair Bolsonaro e aprova visitas permanentes de Michelle na prisão; ex-presidente pode realizar fisioterapia durante banho de sol.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou decisões significativas em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente se encontra preso na Superintendência da Polícia Federal (PF). Em uma determinação recente, Moraes decidiu que todas as cartas e encomendas dirigidas a Bolsonaro devem ser examinadas pela PF antes de serem entregues ao ex-chefe do Executivo. Segundo o ministro, a inspeção é uma medida de segurança, visando assegurar que sejam repassados apenas aquilo que não oferece riscos. Itens considerados proibidos seguirão restrições e não serão entregues.

Além desse procedimento, Moraes também autorizou de forma permanente as visitas da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ao ex-presidente. Esses encontros ocorrerão às terças e quintas-feiras, com duração de 30 minutos, de acordo com as normas da PF. Tal medida representa um alívio para o ex-presidente, proporcionando-lhe a oportunidade de receber apoio familiar durante seu período de encarceramento, que é de 27 anos e 3 meses, em decorrência de sua condenação relacionada a uma tentativa de golpe.

A decisão de Moraes vem após a PF relatar um fluxo considerável de correspondências e itens destinados a Bolsonaro, o que sugeriu a necessidade de um protocolo claro para a gestão dessas comunicações. A triagem de cartas e pacotes tem o objetivo de evitar que material potencialmente perigoso chegue ao ex-presidente.

Ademais, foi determinado que Bolsonaro poderá realizar sessões de fisioterapia durante o tempo reservado para seu banho de sol, o que indica uma preocupação com seu bem-estar físico mesmo enquanto cumpre pena.

As ações de Moraes buscam equilibrar a segurança do sistema prisional com os direitos do detento, em um contexto onde a figura de Bolsonaro continua a atrair a atenção da mídia e da opinião pública. Esse cenário exibe uma clara tensão entre a Justiça e as implicações políticas que emergem da condenação de um ex-presidente.