Moraes afirmou que as ações do ex-presidente têm como objetivo submeter o funcionamento do STF à influência de outro país, por meio de “atos hostis” que resultam de “negociações espúrias e criminosas”. Essas ações teriam a clara intenção de coagir a Corte em um processo em que Bolsonaro é réu, somando-se a um contexto de obstrução de Justiça.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal, revelaram um cenário preocupante: as condutas ilícitas do deputado licenciado não apenas se mantiveram, mas também se intensificaram com o suporte direto de Bolsonaro. O ex-presidente utilizou redes sociais e entrevistas para embaraçar o curso do julgamento em que é acusado de envolvimento em uma suposta trama golpista.
Essas postagens, conforme reiterado pelo ministro Moraes, demonstram um claro tom intimidatório dirigido a agentes públicos e figuras envolvidas no processo. Em um pedido anterior da Procuradoria-Geral da República para a abertura de um inquérito, foi ressaltado que as publicações feitas em redes sociais ecoam em outros meios de comunicação, sugerindo uma verdadeira campanha de pressão contra aqueles que atuam na investigação.
A decisão do ministro Moraes, que considera as ações de Bolsonaro e Eduardo como condutas dolosas e conscientes, marca um momento crítico, não apenas para os envolvidos, mas para a própria democracia e o sistema judiciário do país. Com o desdobrar das investigações, a sociedade observa atentamente os próximos passos de um caso que promete impactar profundamente a política nacional. As reações e desdobramentos das medidas cautelares ainda devem ser avaliados à luz da integridade das instituições democráticas e da manutenção da ordem pública.