Segundo o ex-deputado, o órgão pode estar servindo como uma forma de inflar os cargos de gabinete, possibilitando práticas questionáveis no Poder Legislativo Estadual, como a chamada “rachadinha”. Em sua ação, Mellão destaca a falta de transparência na Alesp e pede o fim dos cargos comissionados no NAE, argumentando que muitos dos servidores não atuam efetivamente no núcleo.
Criado há quase dez anos, o NAE tem a finalidade de avaliar os serviços públicos, receber denúncias e propor estratégias de melhorias. No entanto, Mellão aponta que dos 52 servidores, 50 são assessores parlamentares especiais, cujos salários chegam a quase R$ 30 mil. Ele também ressalta a falta de qualificação técnica necessária para atuar no setor, já que não é exigido curso superior para ser assessor parlamentar especial na Alesp.
Além disso, Mellão destaca que a maioria dos cargos é comissionada e os funcionários do NAE frequentemente passaram por outros gabinetes na Assembleia, levantando suspeitas de que possam estar atuando em outros setores ou mesmo sendo funcionários fantasmas. O ex-deputado aponta para a falta de estrutura física adequada no núcleo, que conta apenas com oito postos de trabalho, mesmo com uma folha salarial mensal tão elevada.
Diante dessas questões, Mellão solicita maior transparência no trabalho realizado pelo NAE e defende o fim dos cargos comissionados, argumentando que as funções desempenhadas pelo núcleo poderiam ser absorvidas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), órgão que já possui quadros qualificados e onera menos os cofres públicos. A Alesp, por sua vez, não se pronunciou sobre as acusações até o momento.