Wagner Rosário, que atualmente ocupa o cargo de controlador-geral do Estado, foi escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para substituir Antônio Roque Citadini, que se aposentou em agosto. Essa nomeação carrega consigo uma grande responsabilidade e visibilidade política, já que a função de conselheiro no TCE é extremamente almejada, oferecendo não apenas estabilidade, mas também um generoso salário de R$ 44 mil. Os conselheiros têm o poder decisório sobre a fiscalização das contas do governo do estado e das prefeituras, além de garantirem uma aposentadoria compulsória aos 75 anos.
Wagner Rosário, de 49 anos, é natural de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Antes de assumir a Controladoria-Geral do Estado de São Paulo, ele teve uma relevante atuação frente à Controladoria-Geral da União (CGU) entre 2017 e 2022, durante as administrações dos presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. A troca de experiências entre Rosário e o atual governador não se restringe ao campo político; eles também são ex-colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), ambos formados como capitães do Exército.
O caminho para a formalização de sua indicação, entretanto, não será tranquilo. No cerne da disputa está a cobiçada vaga no TCE, especialmente com a perspectiva de quatro mudanças planejadas durante a gestão desse governo. Além de Rosário, outros nomes estão sendo avaliados. Um dos principais concorrentes é o deputado estadual Carlos Cezar, do PL, que já angariou o apoio de uma expressiva parte do plenário e tem se mobilizado ativamente para consolidar sua candidatura.
O cenário político em torno do TCE se mostra complexo e dinâmico, refletindo tanto as alianças formadas entre os partidos como as tensões existentes na Alesp, revelando a importância desse cargo estratégico no âmbito da administração pública.