Alesp Adia Votação de Wagner Rosário para Conselheiro do Tribunal de Contas em Meio a Conflitos Políticos e Interesses acirrados na Assembleia Legislativa de São Paulo

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu adiar a votação para a indicação de Wagner Rosário ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), planejada para a sessão noturna desta terça-feira (2 de setembro). O atraso se deu em meio a intensos debates entre a base governista e a oposição, que prolongaram as discussões até além do horário limite, estipulado para as 21h40. A análise dessa indicação será retomada na quarta-feira (3 de setembro), às 16h30.

Wagner Rosário, que atualmente ocupa o cargo de controlador-geral do Estado, foi escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para substituir Antônio Roque Citadini, que se aposentou em agosto. Essa nomeação carrega consigo uma grande responsabilidade e visibilidade política, já que a função de conselheiro no TCE é extremamente almejada, oferecendo não apenas estabilidade, mas também um generoso salário de R$ 44 mil. Os conselheiros têm o poder decisório sobre a fiscalização das contas do governo do estado e das prefeituras, além de garantirem uma aposentadoria compulsória aos 75 anos.

Wagner Rosário, de 49 anos, é natural de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Antes de assumir a Controladoria-Geral do Estado de São Paulo, ele teve uma relevante atuação frente à Controladoria-Geral da União (CGU) entre 2017 e 2022, durante as administrações dos presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. A troca de experiências entre Rosário e o atual governador não se restringe ao campo político; eles também são ex-colegas de turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), ambos formados como capitães do Exército.

O caminho para a formalização de sua indicação, entretanto, não será tranquilo. No cerne da disputa está a cobiçada vaga no TCE, especialmente com a perspectiva de quatro mudanças planejadas durante a gestão desse governo. Além de Rosário, outros nomes estão sendo avaliados. Um dos principais concorrentes é o deputado estadual Carlos Cezar, do PL, que já angariou o apoio de uma expressiva parte do plenário e tem se mobilizado ativamente para consolidar sua candidatura.

O cenário político em torno do TCE se mostra complexo e dinâmico, refletindo tanto as alianças formadas entre os partidos como as tensões existentes na Alesp, revelando a importância desse cargo estratégico no âmbito da administração pública.

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