A parlamentar não hesitou em caracterizar a situação atual como um “apagão democrático”, comparando-o ao apagão energético que também aflige o Equador. Ela apontou para diversas situações que comprometem a normalidade política no país, como a suspensão da vice-presidente Verónica Abad, que enfrentou um processo administrativo que culminou em sua remoção temporária, e a rejeição da candidatura do ex-candidato presidencial Jan Topic, descrita como uma manobra que viola os princípios democráticos.
Veloz enfatizou que os opositores políticos devem ser desafiados nas urnas, mediante o respaldo da população, e não através de “manobras jurídicas” que ferem a democracia. Ela afirmou que a Assembleia Nacional possui a obrigação de garantir a institucionalidade e o respeito às normas democráticas. A suspensão de Abad, segundo ela, não é apenas um ato administrativo, mas uma tentativa deliberada de obstruir a continuidade da liderança democrática, caso a atual gestão do presidente decida se afastar do cargo durante a campanha para reeleição.
A líder do Congresso também mencionou que os parlamentares vão deliberar sobre um pedido de investigação contra a ministra do Trabalho, Ivonne Núñez, e a chanceler, Gabriela Sommerfeld, levantando questões sobre a atuação do governo e a responsabilidade de seus membros nas ações políticas recentes. Em sua declaração, Veloz concluiu que um compromisso firme com a democracia é fundamental para o Brasil, sendo este um período crucial que poderia definir o futuro político do país.