Alemanha vai às urnas em eleição marcada por críticas econômicas e imigração; Friedrich Merz, do CDU, lidera disputa por novo chanceler.

Neste domingo, 23 de fevereiro de 2025, os cidadãos da Alemanha se dirigem às urnas para escolher não apenas um novo chanceler, mas também os 630 integrantes que comporão o Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão. A votação envolve um total de 4.506 candidatos de 29 partidos, ressaltando a diversidade política que caracteriza o sistema eleitoral do país.

Na disputa pelo cargo de chanceler, destacam-se quatro partidos principais. O CDU/CSU, de centro-direita, sob a liderança de Friedrich Merz, é o favorito nas pesquisas, seguido pelo AfD, de inclinação direita, liderado por Alice Weidel. Também em cena está o SPD, partido de centro-esquerda do atual chanceler Olaf Scholz, e os Verdes, na liderança de Robert Habeck. As últimas pesquisas indicam que Merz está à frente com 29,4% das intenções de voto, enquanto Weidel atinge 20,4%, a melhor marca da AfD até o momento. Scholz aparece em terceiro lugar com 15,4%, seguido por Habeck com 13%.

Independentemente do resultado, Merz enfrentará o desafio de formar uma coalizão para garantir a governabilidade, necessitando de pelo menos 316 dos 630 assentos no parlamento. Esse cenário eleitoral se dá em um contexto de crise significativa, marcada por desafios econômicos que afetaram a posição da Alemanha como líder da economia europeia. Em 2024, a participação do país na economia global despencou para 3,08%, um mínimo histórico. O governo atual, sob Scholz, enfrentou uma moção de desconfiança que resultou na dissolução do Bundestag e na antecipação das eleições.

As questões que emergem como prioridades para os eleitores são a imigração e a economia. Pesquisas recentes apontam que 37% dos entrevistados consideram a imigração o maior desafio a ser encarado pelo próximo chanceler, enquanto 34% destacam a economia. A expectativa é que os resultados da votação sejam conhecidos ainda hoje, consolidando um novo capítulo na política alemã em um momento crítico para o país.

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