Atualmente, após essas transferências, as forças armadas alemãs mantêm em seus depósitos cerca de 18 tanques Leopard 2A5 modernizados e 68 unidades da versão 2A6, estas últimas sendo as que estão sendo ofertadas ao Brasil. Contudo, fontes revelaram que os ucranianos teriam optado por não adquirir esses tanques, embora não haja uma confirmação oficial sobre essa recusa.
Contudo, a proposta suscita diversas discussões e preocupações em Brasília. Especialistas em defesa levantam pontos críticos sobre a aquisição, destacando o elevado custo dos equipamentos, os desafios logísticos e a potencial dependência de um fornecimento externo. A proposta estimativa para cada tanque Leopard 2A6 gira em torno de 15 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 92,7 milhões, enquanto cada unidade do Marder teria um custo de 10 milhões de euros, aproximadamente R$ 61,8 milhões. Esses valores não incluem os custos adicionais de suporte técnico e manutenção.
Ademais, a dependência de suprimentos da Alemanha é vista como preocupante, especialmente em relação a restrições impostas anteriormente pelo governo alemão a algumas áreas da defesa brasileira. O contexto internacional também não é favorável, já que a Rússia declara que o fornecimento contínuo de armamentos à Ucrânia complica a resolução do conflito e mantém os países da OTAN envolvidos de maneira mais profunda. O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas destinado à Ucrânia será considerado um “alvo legítimo” pelas forças russas, o que poderia implicar em riscos ainda maiores para o Brasil, caso a aquisição se concretize.
