Alemanha: Pesquisa revela que quase 60% da população desaprova governo de Friedrich Merz, aumento significativo em relação ao mês anterior.

Uma nova pesquisa revelou um panorama preocupante sobre a insatisfação popular em relação ao governo do chanceler alemão Friedrich Merz. Desde sua eleição em maio de 2025, após uma disputa acirrada no parlamento, o número de cidadãos que expressam descontentamento com a administração Merz saltou para 58%, um aumento significativo em comparação aos 44% registrados no início de junho. Este cenário não apenas lança luz sobre o frágil estado da confiança pública, mas também reflete expectativas não atendidas.

O levantamento, realizado entre os dias 21 e 25 de julho, com 1.203 entrevistados, mostrou que 56% da população não se sentem satisfeitos com o desempenho de Merz como chanceler, uma alta em relação aos 45% do mês anterior. Em contraste, apenas 31% relataram estar satisfeitos com sua gestão, uma diminuição em relação aos 36% de junho. Essa queda na aprovação revela um descompasso entre as promessas feitas durante a campanha e a realidade enfrentada pela população.

A coalizão conservadora, formada pela União Democrata Cristã (CDU) e pela União Social Cristã (CSU), conquistou as eleições federais antecipadas em fevereiro, obtendo 28,6% dos votos. O sucesso eleitoral foi ofuscado pela crescente influência do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que alcançou um recorde de 20,8%. Por outro lado, o Partido Social-Democrata, do ex-primeiro-ministro Olaf Scholz, experimentou um colapso histórico, marcando sua pior performance ao obter apenas 16,4% dos votos.

Esse aumento no descontentamento se dá em um contexto social e econômico complexo, onde a população aguarda medidas eficazes para enfrentar os desafios atuais, como as crises energéticas e a inflação. O governo Merz, apesar de ter conquistado o poder, ainda se vê em uma luta constante para restituir a confiança pública e organizar uma resposta que satisfaça os anseios de uma sociedade preocupada com o futuro. As próximas semanas serão cruciais para entender como o governo lidará com essa pressão crescente e como a opinião pública irá se comportar nas próximas pesquisas.

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