O levantamento, realizado entre os dias 21 e 25 de julho, com 1.203 entrevistados, mostrou que 56% da população não se sentem satisfeitos com o desempenho de Merz como chanceler, uma alta em relação aos 45% do mês anterior. Em contraste, apenas 31% relataram estar satisfeitos com sua gestão, uma diminuição em relação aos 36% de junho. Essa queda na aprovação revela um descompasso entre as promessas feitas durante a campanha e a realidade enfrentada pela população.
A coalizão conservadora, formada pela União Democrata Cristã (CDU) e pela União Social Cristã (CSU), conquistou as eleições federais antecipadas em fevereiro, obtendo 28,6% dos votos. O sucesso eleitoral foi ofuscado pela crescente influência do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que alcançou um recorde de 20,8%. Por outro lado, o Partido Social-Democrata, do ex-primeiro-ministro Olaf Scholz, experimentou um colapso histórico, marcando sua pior performance ao obter apenas 16,4% dos votos.
Esse aumento no descontentamento se dá em um contexto social e econômico complexo, onde a população aguarda medidas eficazes para enfrentar os desafios atuais, como as crises energéticas e a inflação. O governo Merz, apesar de ter conquistado o poder, ainda se vê em uma luta constante para restituir a confiança pública e organizar uma resposta que satisfaça os anseios de uma sociedade preocupada com o futuro. As próximas semanas serão cruciais para entender como o governo lidará com essa pressão crescente e como a opinião pública irá se comportar nas próximas pesquisas.