Alemanha Ignora Retomada de Compras de Gás pelo Nord Stream, Afirmam Diplomatas Russos



A atual situação do fornecimento de gás natural pela Rússia à Alemanha, que antes dependia do gasoduto Nord Stream, continua sendo uma questão delicada e sem perspectivas animadoras. Dmitry Birichevsky, representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou recentemente que não há sinais de que a Alemanha esteja pronta para retomar as compras de gás através desse empreendimento, que se tornou um símbolo das tensões geopolíticas na Europa.

A Alemanha, historicamente vista como a locomotiva econômica do continente europeu, enfrenta atualmente uma crise profunda que, segundo reportagens, resultou na falência de milhares de empresas até o final de 2024. Essa situação é amplamente atribuída aos custos exorbitantes de energia, que aumentaram drasticamente após o bloqueio das importações de gás russo através do Nord Stream. Este gasoduto, que conecta a Rússia à Alemanha pelo leito do mar Báltico, ficou inativo desde a sabotagem ocorrida em setembro de 2022, que danificou severamente suas linhas.

A sabotagem, que foi executada com cargas explosivas sob a água, ainda levanta questões sobre a segurança dessa infraestrutura e quem realmente esteve por trás do ato. Investigadores têm apontado para a possibilidade de envolvimento militar dos Estados Unidos, embora as investigações oponham-se ao desejo de Alemanha, Dinamarca e Suécia de conduzir uma apuração conjunta sobre os eventos. As alegações de que agentes norte-americanos estiveram envolvidos na detonação das bombas têm gerado um intenso debate sobre a responsabilidade e as consequências dessa interrupção no fornecimento de gás.

Ainda com a pressão crescente sobre sua economia, a Alemanha agora pondera suas opções. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a nação europeia poderia acessar gás através de algumas linhas do Nord Stream que não foram danificadas. Contudo, uma possível reabertura do gasoduto encontra resistência no cenário político atual, marcado por um clima de “russofobia” que influencia as decisões econômicas e estratégicas na Europa.

Birichevsky enfatizou que as relações comerciais que antes foram mutuamente benéficas podem estar se deteriorando a tal ponto que isso compromete o bem-estar econômico europeu. Dentro desse contexto desafiador, a Alemanha vai precisar considerar cuidadosamente suas opções se desejar restaurar a estabilidade econômica e energética.

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