Além dessa quantia significativa para 2025, o parlamento também autorizou garantias que possibilitam ao governo comprometer até 8,3 bilhões de euros (aproximadamente R$ 49,8 bilhões) adicionais entre 2026 e 2029, segundo informações do porta-voz do governo, Steffen Hebestreit. O pacote de auxílio inclui a aquisição de unidades de defesa antiaérea Iris-T, que ainda estão em fase de fabricação e deverão ser entregues nos próximos dois anos.
Essas aprovações ocorreram em um período crítico, logo antes da formação da nova Câmara Baixa do Bundestag, marcada para o dia 25 de março, na sequência de eleições gerais onde o bloco conservador obteve vitória. A resposta rápida do governo Alemão em garantir esse pacote financeiro reflete não apenas o comprometimento do país com a segurança da Ucrânia, mas também uma ação estratégica em um cenário de crescente tensão na região.
Ademais, a crise política interna da Alemanha culminou em importantes mudanças na liderança. O presidente Frank-Walter Steinmeier anunciou em 27 de dezembro que dissolveria o Bundestag, convocando eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025, após uma moção de confiança ter sido rejeitada em dezembro. Esse movimento foi impulsionado por uma deterioração na confiança ao governo de Olaf Scholz, especialmente em relação à gestão orçamentária e ao aumento do suporte financeiro para a Ucrânia, um ponto que gerou desconforto entre membros do governo.
Essas decisões não apenas refletem uma mudança significativa na postura da Alemanha diante de questões de defesa e segurança, mas também delineiam um panorama político cada vez mais complexo no continente europeu, influenciado por fatores internos e externos. O foco no fortalecimento da defesa e apoio à Ucrânia é uma sinalização clara das prioridades da Alemanha em um cenário marcado por incertezas geopolíticas.
