O programa para a produção e entrega destes mísseis foi iniciado no final de maio e, segundo Freuding, as entregas continuarão até que um número expressivo de unidades seja alcançado, estimado em pelo menos três dígitos. O general salientou que essa estratégia visa fortalecer as capacidades de defesa aérea da Ucrânia em um momento de intensificação dos combates e de crescentes desafios na esfera aérea, especialmente em grandes cidades ucranianas.
O governo alemão, sob a liderança do primeiro-ministro Friedrich Merz, decidiu este apoio em um contexto mais amplo de colaboração com aliados como os Estados Unidos, Reino Unido e França. O suporte inclui não apenas o financiamento, mas também a flexibilização de regras que limitavam os ataques em território russo. Essa decisão se insere em um esforço contínuo para dotar a Ucrânia de armamentos mais sofisticados, capazes de equilibrar a balança na guerra em andamento.
Por outro lado, a Rússia já declarou que qualquer ataque ucraniano realizado com esses mísseis será considerado uma intervenção direta da Alemanha no conflito. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, enfatizou que esse tipo de apoio ocidental apenas contribuirá para agravar a situação, dificultando ainda mais as negociações entre Kiev e Moscou.
Diante deste cenário, a expectativa é que os novos mísseis possam revolucionar a capacidade de resposta da Ucrânia no conflito, oferecendo uma nova perspectiva estratégica e aumentando as tensões já existentes na região. As implicações desse armamento vão além do campo de batalha, podendo redefinir o equilíbrio político e militar na Europa Oriental.