Em entrevista realizada na quinta-feira, Alckmin detalhou que um critério específico será utilizado para monitorar as variações nas exportações de cada segmento afetado, garantindo que o auxílio seja direcionado a quem mais necessita. O vice-presidente destacou a importância de um suporte criterioso, priorizando as empresas que estão sofrendo os principais impactos da tarifa.
Segundo Alckmin, o plano foi apresentado ao presidente Lula, que finalizou a análise do documento. “O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado. Se não for amanhã, provavelmente na segunda ou terça-feira”, afirmou. Ele ressaltou que a proposta visa levar em conta a dependência de cada setor em relação às exportações para os EUA, diferenciando aqueles que se destinaram fortemente ao mercado interno daqueles que têm uma parte considerável da produção voltada para a exportação.
Usando o setor pesqueiro como exemplo, Alckmin explicou que a proposta prevê avaliar não apenas o volume total das exportações, mas também a composição dos produtos exportados. “Dentro de um mesmo setor, algumas empresas podem sofrer mais do que outras. Por exemplo, a tilápia é consumida principalmente no mercado interno, enquanto o atum é majoritariamente exportado”, detalhou.
O plano, que busca mitigar os efeitos adversos da política comercial americana sobre a economia brasileira, foi bem recebido com a expectativa de que possa suavizar a crise enfrentada por setores estratégicos. A criação dessa medida emergencial reflete a preocupação do governo em proteger as indústrias locais em um momento de incertezas nas relações comerciais internacionais, especialmente após a implementação das tarifas por Washington.