Este acordo, que conecta um mercado com um Produto Interno Bruto (PIB) de impressionantes US$ 4,39 trilhões e abrange aproximadamente 290 milhões de consumidores, representa um passo significativo na estratégia de globalização do Brasil. O governo brasileiro espera que essa nova parceria comercial resulte em um aumento de 10% no comércio internacional, potencializando um incremento de até US$ 7,2 bilhões, conforme indicam dados do ComexStat.
Durante sua fala, Mauro Vieira destacou que a conclusão do acordo, após 14 rodadas de negociações, foi um feito notável, especialmente em um cenário global repleto de sanções comerciais e uma crescente onda de protecionismo. “Acreditamos que o comércio internacional, fundamentado em regras, é fundamental para o crescimento econômico e a prosperidade de nossos povos”, afirmou o chanceler.
Geraldo Alckmin, em coletiva de imprensa, complementou que a diversificação de mercados é sempre uma estratégia positiva, mesmo diante de desafios como o tarifário imposto pelos Estados Unidos. O vice-presidente enfatizou que os países envolvidos neste acordo têm algumas das rendas per capita mais elevadas do mundo, o que, em sua visão, traz oportunidades valiosas.
Adicionalmente, um aspecto inovador desse pacto é a exigência de que os prestadores de serviços digitais utilizem energia limpa em pelo menos 67% de suas matriz elétricas para se beneficiarem das vantagens do acordo. Vieira classificou essa iniciativa como um compromisso com a sustentabilidade, reforçando que é possível e necessário integrar as dimensões ambiental, social e econômica no comércio sustentável.
Com a assinatura do Mercosul-EFTA, o Brasil se posiciona como um líder em esforços de cooperação internacional, abrindo novas avenidas para o crescimento econômico e a integração às dinâmicas globais contemporâneas.