As acusações contra o ex-presidente são graves e abrangem um período de aproximadamente oito anos, que vão de 2016 até a apresentação da denúncia por parte de Yáñez, em 6 de agosto de 2024. A decisão judicial aponta que Fernández poderia ter infligido agressões físicas e psicológicas à Yáñez, resultando em danos permanentes à sua saúde mental. Segundo documentos do tribunal, a violência se manifestava de maneiras variadas, incluindo assédio, controle, insultos e hostilidade. Durante sua presidência, os episódios de agressão teriam se intensificado, especialmente durante a gravidez da ex-primeira-dama.
Além das alegações de violência, o ex-presidente é alvo de outra investigação cujos detalhes envolvem supostas irregularidades na contratação de seguros por órgãos governamentais durante seu mandato. Caso as acusações de agressão se confirmem, Fernández pode enfrentar penas que variam até 18 anos de prisão, dependendo da gravidade das lesões e da natureza da coação alegada.
A situação de Fernández é complexa, e os desdobramentos dessa investigação são acompanhados de perto pela opinião pública, refletindo um momento crítico na vida política e pessoal do ex-mandatário. Com a data do depoimento se aproximando, as repercussões de seu comparecimento e os possíveis desdobramentos legais são temas centrais não apenas para a sua carreira, mas também para a sociedade argentina, que observa com expectativa como as autoridades lidam com questões de violência doméstica em suas esferas mais altas. Todas essas condições criam um cenário de tensão em um país que enfrenta seus próprios dilemas políticos e sociais.