As sanções foram anunciadas no dia anterior, durante a cerimônia de posse do presidente Nicolás Maduro, reeleito para um terceiro mandato. Os Estados Unidos, em uma ação notável, sancionaram oito autoridades venezuelanas e aumentaram a recompensa pela captura de Maduro para impressionantes 25 milhões de dólares. A Grã-Bretanha também se somou a essas medidas, aplicando restrições a 15 membros do governo, com foco especial no presidente do Supremo Tribunal do país, que havia confirmado a legitimidade da reeleição de Maduro em agosto. O Canadá, por sua vez, implementou sanções contra 14 altos funcionários, alegando envolvimento em violações de direitos humanos.
A ALBA, em sua declaração, ressalta que as sanções refletem uma estratégia deliberada e cruel dos governos ocidentais, visando não apenas desestabilizar a Venezuela, mas também desferir ataques diretos contra a paz e a democracia na região. O comunicado argumenta que tais ações são uma forma de intromissão nas questões internas do país, o que reafirma a postura de resistência do bloco em defesa da soberania da Venezuela.
Esse desenrolar de eventos ocorre em um contexto de crescente tensão nas relações entre a Venezuela e diversas nações ocidentais, culminando em um cenário geopoliticamente carregado. As ações internacionais geram um debate acirrado sobre a legitimidade das sanções e suas consequências para a população venezuelana, que já enfrenta uma profunda crise social e econômica. Assim, a disputa entre as potências ocidentais e a Venezuela continua a alimentar um ambiente político em ebulição, onde questões de soberania, direitos humanos e política externa se entrelaçam de forma complexa.