O esforço, que reflete uma cooperação entre o Governo de Alagoas e o Ministério da Cultura, por meio do auxílio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), é mais do que uma mera distribuição de recursos: é um manifesto contra a concentração cultural, uma iniciativa que visa integrar e incluir regiões historicamente sub-representadas. Mellina Freitas, a secretária estadual da pasta, ressalta que a atitude do governador Paulo Dantas tem sido crucial para a implementação e o fortalecimento dessas políticas que redefinem o acesso à cultura no estado.
Um ponto alto no discurso da Secult é a inclusão. Com cotas e sistemas de bonificação direcionados a grupos minoritários — indígenas, negros, pessoas com deficiência, mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+ — o edital não apenas oferece capital, mas se compromete com a justiça social, visando corrigir desigualdades históricas no acesso a financiamento. Até mesmo a logística das inscrições prioriza o acesso, permitindo realização gratuita tanto pelo portal do CUCA quanto presencialmente em diversas localidades do estado.
Entre os editais, destaque para áreas como o fomento à cultura popular, festivais e capacitações audiovisuais, e apoio ao desenvolvimento de obras audiovisuais, refletindo uma diversidade que busca abraçar todas as expressões culturais enraizadas em Alagoas. Outras iniciativas incluem editais voltados para as artes cênicas, música, artes visuais e até mesmo a gastronomia local, revelando uma estratégia ampla que vê na cultura o poder de conexão e transformação.
Com uma arquitetura planejada para a descentralização, essas oportunidades não só distribuem recursos financeiros, mas também geram um fluxo de criatividade e sustentabilidade cultural nos 102 municípios que compõem o estado. Resta agora aos fazedores de cultura alagoanos manterem-se atentos para garantir sua participação neste rico mosaico de oportunidades. Com inscrições abertas até 8 de novembro, o tempo corre rápido.