Alagoas tem nota de risco reafirmada pela S&P Global, mostrando avanços na gestão fiscal e potencial para estabilidade financeira nos próximos anos.



A agência de classificação de risco S&P Global anunciou recentemente a manutenção da nota de risco de Alagoas, rebaixando a classificação de negativa para estável. O rating do Estado foi estabelecido em BB- na escala internacional e BrAA+ na escala nacional. Essa mudança é atribuída à melhoria nas práticas de consolidação fiscal do governo para 2024, sinalizando uma tendência positiva nas finanças públicas.

A S&P Global emprega uma escala alfabética que varia de AAA, representando o menor risco, até D, que indica calote. Neste contexto, a agência observou que Alagoas pode ainda ter sua nota elevada nos próximos 12 a 18 meses, caso o governo mantenha esforços para fortalecer a liquidez e apresente saldos orçamentários mais robustos.

O relatório da S&P Global sublinha que a expectativa de uma melhora gradual na situação fiscal de Alagoas poderá contribuir para uma estabilização da dívida do Estado, além de aumentar a liquidez. Entre as medidas previstas, a agência destaca operações de gerenciamento de passivos que visam reduzir os pagamentos de juros da dívida, um aspecto crucial para a saúde financeira da unidade federativa.

A secretária da Fazenda, Renata dos Santos, comentou sobre a importância dessa reafirmação, enfatizando que as medidas adotadas pelo governo no âmbito fiscal representam um progresso significativo rumo à consolidação das finanças estaduais. O rebaixamento da perspectiva de negativa para estável não apenas demonstra um fortalecimento das práticas orçamentárias, mas também evidencia a confiança do mercado na capacidade de Alagoas em manter um ambiente fiscal sólido e previsível.

Em 2024, o Estado registrou um déficit de 3% sobre a receita total, uma melhoria considerável em relação ao déficit de 10,3% enfrentado em 2023, resultado da expansão dos investimentos e do controle da carga do sistema de pensões. A S&P também destaca a implementação de uma nova regra fiscal que limita o crescimento das despesas primárias à taxa de inflação do ano anterior e a uma parte do aumento da receita primária, reforçando a disciplina orçamentária ao longo do tempo.

Essas estratégias indicam um movimento em direção a um futuro financeiro mais sustentável, com a expectativa de que Alagoas alcance superávits médios em relação à receita total entre os anos de 2025 e 2027. Esse cenário otimista destaca não apenas a capacidade do Estado de gerenciar sua dívida, mas também sua determinação em promover um desenvolvimento financeiro responsável.

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