ALAGOAS – Setur revela ameaças ao turismo de Maceió provocadas pelo crime ambiental da Braskem

Setur explica impacto do crime ambiental da Braskem no turismo de Maceió

A capital de Alagoas, Maceió, tem sido impactada pelo crime ambiental perpetrado pela mineradora Braskem. O desastre ambiental já afetou milhares de pessoas diretamente, forçando a realocação de imóveis e resultando no colapso iminente de uma das minas. No entanto, os efeitos prejudiciais se estendem para além da região afetada, afetando também o setor turístico local.

Mesmo estando localizada fora das rotas turísticas habituais, a área afetada pelo crime ambiental da Braskem tem causado desinformação e prejuízos para o setor turístico de Maceió. Segundo informações da Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas (Setur), o trade turístico da capital conta com cerca de 3.500 empresas cadastradas no Cadastur, empregando aproximadamente 20 mil pessoas apenas em Maceió. Além disso, estima-se que até 60 mil empregos indiretos relacionados ao setor, como agricultores, pequenas indústrias, ambulantes e artesãos locais, possam também ser prejudicados devido a uma possível diminuição do fluxo turístico, especialmente durante a alta temporada.

Diante desse cenário, a secretária de Estado do Turismo de Alagoas, Bárbara Braga, enfatizou a necessidade de lidar com transparência e responsabilidade para minimizar os impactos dessa crise. Ela ressaltou que a prioridade do governo sempre foi preservar vidas, o que resultou na desocupação da área diretamente afetada pelo afundamento do solo. No entanto, Braga salientou a importância do setor turístico para a economia local e a geração de empregos, destacando que a infraestrutura logística da cidade permanece segura para operações.

Apesar dos desafios impostos pelo desastre ambiental, Bárbara Braga ressaltou que a cidade possui porto, aeroporto e rodoviárias completamente seguros, juntamente com rodovias estaduais e federais em pleno funcionamento, sem riscos de desabamento. Ela também destacou que as rotas turísticas da capital e do interior continuam seguras e plenamente capazes de atender à demanda, que é estimada para ser a mais alta da história de Alagoas.

O desastre ambiental da Braskem em Maceió é um dos maiores crimes ambientais em curso no mundo, de acordo com a secretária. Desde 2018, quando as primeiras rachaduras surgiram, órgãos fiscalizadores municipais, estaduais e federais monitoram a região afetada. A secretária enfatizou a necessidade de uma rápida resolução judicial do problema para que o Estado possa desenvolver políticas públicas eficazes para lidar com a situação.

Nesse sentido, é importante para a economia local e para o bem-estar da população que as ações para mitigar os impactos ambientais e resolver esse desastre sejam implementadas o mais rapidamente possível. A transparência e a responsabilidade no tratamento desse crime ambiental são cruciais para garantir a segurança e o futuro do setor turístico de Maceió e de toda a região afetada.

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