O encontro destacou a importância da equidade na gestão pública, com enfoque no conceito de raça e na elaboração do Plano de Trabalho do Comitê. Este evento contou com a colaboração do Ministério da Saúde e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, dois parceiros fundamentais na promoção de iniciativas voltadas para a inclusão e valorização da diversidade.
Charlene Bandeira, psicóloga e articuladora do projeto, enfatizou a necessidade urgente de se pensar políticas públicas que atinjam grupos minoritários, incluindo trabalhadores, pessoas com deficiência, variados grupos étnicos e mulheres. Bandeira sublinhou que a consideração dessas questões é vital para a construção de um ambiente mais justo e equitativo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Emily Vieira, facilitadora do projeto, destacou o compromisso do grupo em analisar o cenário atual de Alagoas para implementar ações eficazes. Segundo Vieira, o comitê está empenhado em avaliar as condições presentes e projetar melhorias significativas para a população negra, quilombola, LGBTQIA+ e outros grupos marginalizados.
Alagoas fez história ao ser o primeiro estado brasileiro a instalar um Comitê Estadual de Equidade no SUS, formado em julho do ano anterior. Este passo crucial surgiu das propostas do Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS. O projeto busca não apenas abordar questões de assédio e violência no trabalho, mas também garantir a promoção da saúde mental e a educação permanente para a equidade em ambientes de saúde.
A iniciativa prevê a realização de cursos, oficinas e rodas de conversa que visam fomentar uma cultura de acolhimento e respeito às diferenças, fortalecendo, assim, a criação de espaços protegidos e humanizados dentro do SUS. Através dessas ações, Alagoas se posiciona na vanguarda da implementação de políticas públicas inclusivas e comprometidas com a dignidade e o bem-estar de todos os cidadãos.