O câncer bucal é um tumor maligno que afeta a cavidade oral, podendo acometer áreas como lábios, gengiva, bochechas, língua, assoalho da boca, céu da boca e região orofaríngea. Por seu desenvolvimento silencioso, o diagnóstico precoce é fundamental e depende tanto do olhar atento dos profissionais de saúde quanto da autopercepção dos pacientes sobre qualquer alteração na cavidade oral.
A lista de sinais de alerta inclui feridas que não cicatrizam em 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, inchaços, áreas endurecidas, sangramentos inexplicáveis, dificuldades para mastigar, engolir ou falar, e mau hálito persistente. Tais lesões geralmente não causam dor, contribuindo para que muitos adiem a busca por atendimento médico. Assim, a procura imediata por um cirurgião-dentista ou médico ao notar alterações é essencial.
De acordo com Lisiane Torres, coordenadora do Programa Estadual de Saúde Bucal, o cuidado diário é crucial na prevenção. Exames odontológicos regulares a cada seis meses, independentemente de sintomas, podem revelar lesões iniciais, aumentando as chances de cura.
O câncer de boca, mais comum em homens acima dos 40 anos com histórico de tabagismo e álcool, também tem crescido entre mulheres e jovens, devido à exposição solar sem proteção e infecção pelo HPV. Fatores de risco incluem o uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, má higiene bucal, próteses inadequadas e dieta pobre em frutas e verduras. A adoção de hábitos saudáveis, como abandono do tabaco e moderação no álcool, é uma forma eficaz de prevenção.
Lisiane Torres destaca que “o Novembro Vermelho é mais do que uma campanha; é um lembrete de que cuidar da saúde bucal é cuidar da vida”.








