ALAGOAS – Sesau destaca prevenção do câncer de colo de útero em campanha do Outubro Rosa com foco no diagnóstico precoce e vacinação.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está intensificando esforços para conscientizar a população feminina sobre a importância dos cuidados e da prevenção do câncer de colo de útero, utilizando o mês de outubro, tradicionalmente dedicado à conscientização sobre a saúde feminina, como uma plataforma. A iniciativa visa atrair a atenção não apenas para o câncer de mama, mas também para o câncer cervical, uma doença que atinge o colo uterino, local onde ocorre o intercâmbio entre o útero e a vagina.

O câncer de colo de útero é largamente associado a infecções persistentes pelo Papilomavírus Humano (HPV), e caracteriza-se pelo crescimento anormal e descontrolado das células na região do colo uterino. Izadora Nunes, assessora técnica do Programa Estadual de Saúde da Mulher, alerta que a infecção por HPV pode levar a alterações celulares progressivas, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de lesões precursoras de um câncer cervical invasor.

A equipe da Sesau está empenhada em ressaltar que, no estágio inicial, a doença pode não manifestar sintomas evidentes. Entretanto, à medida que progride, sintomas como sangramento vaginal irregular, especialmente após relações sexuais, alterações no padrão de corrimento vaginal e dor pélvica podem emergir. A infecção por HPV se apresenta frequentemente como verrugas genitais, que aparecem como pequenas elevações na região genital, às vezes dolorosas ou causadoras de prurido, sendo um importante sinal de alerta para as mulheres.

Nunes enfatiza a necessidade da vigilância e do diagnóstico precoce como estratégias essenciais na luta contra o câncer de colo de útero. Ela destaca que as mulheres devem procurar a Unidade Básica de Saúde ao menor sinal de suspeita. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece gratuitamente exames preventivos, incluindo o exame citopatológico de colo de útero, conhecido como Papanicolau. Este exame é crucial, pois permite a coleta de células do colo uterino para análise, podendo indicar a necessidade de exames adicionais, como colposcopias e biópsias, caso surjam alterações que sugiram o desenvolvimento da doença.

A assessora esclarece que os tratamentos são variados e dependem do estágio do câncer, envolvendo desde radioterapia e quimioterapia até intervenções cirúrgicas quando necessário. Ela destaca, ainda, a importância da educação em saúde como um pilar preventivo, focando na necessidade de informar e sensibilizar as mulheres sobre a realização do exame de Papanicolau de forma regular. Ademais, Nunes sublinha a eficácia da vacina contra o HPV, disponibilizada para jovens entre 9 e 14 anos em todas as Unidades Básicas de Saúde, como uma ferramenta eficaz para reduzir a incidência da doença.

Com essas ações, a Sesau está firmemente comprometida em reduzir a mortalidade e a incidência do câncer de colo do útero, reforçando a importância da prevenção e da informação na saúde feminina.

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