ALAGOAS – “Semudh realiza reunião com indígenas para criar protocolo de atendimento à mulher vítima de violência”

Na última quinta-feira (23), a Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos promoveu um encontro com mulheres das etnias Geripankó e Katokinn com o objetivo de construir um protocolo de atendimento à mulher vítima de violência direcionado à população indígena. A ação aconteceu na Escola Estadual Indígena José Carapina, situada no território Geripankó, em Pariconha.

A reunião teve como intuito estabelecer direcionamentos para o acolhimento humanizado, respeitando a cultura, costumes e outras especificidades de cada povo. As diretrizes elaboradas nesse encontro serão levadas aos organismos de proteção à mulher para aplicação em todo o Estado.

A secretária da Semudh, Maria Silva, ressaltou a importância de assegurar um tratamento diferenciado para as mulheres indígenas, afirmando que é necessário que os profissionais de toda a rede de apoio respeitem a cultura e as vivências dessas mulheres, principalmente em situações de violência, quando se encontram em um estado maior de fragilidade e insegurança.

A consultora do Instituto Geni, Avelin Kambiwa, explicou que este momento de construção ressalta o protagonismo da mulher indígena, sendo o primeiro protocolo indígena feito e entregue por mulheres indígenas, além de ser espiritual.

Além disso, a representante da etnia Geripankó, Cleide Kanuan, ressaltou a necessidade de construir diretrizes para combater práticas discriminatórias no atendimento a indígenas, destacando que já ocorreram casos de preconceito no momento do atendimento de saúde, o que torna esses momentos importantes para acabar com isso e buscar seus direitos.

O protocolo criado junto às comunidades de Pariconha, município com a maior população indígena em porcentagem, será direcionado ao Ministério das Mulheres para ser aplicado na futura Casa da Mulher Brasileira, que será implementada no município de Santana do Ipanema.

Dessa forma, a ação desenvolvida junto ao Instituto Geni promoveu um importante diálogo entre as comunidades indígenas e a Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos, resultando na construção de diretrizes que visam assegurar um atendimento adequado e respeitoso para as mulheres indígenas vítimas de violência em todo o Estado.

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