A incidência de partos prematuros — que ocorrem antes da 37ª semana de gestação, em contrapartida às gestações consideradas normais que variam entre 37 e 42 semanas — é uma preocupação global, sendo a principal causa de mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade. Dentro deste contexto, o Método Canguru tem sido apontado como uma estratégia eficaz para melhorar as taxas de sobrevivência dos bebês prematuros. Segundo Sirmani Frazão, coordenadora estadual do Método Canguru e expert em pediatria e neonatologia, o seminário teve como objetivo central discutir práticas e estratégias avançadas no cuidado a esses bebês frágeis.
“Sempre destacamos o mês de novembro para aumentar a conscientização sobre a prematuridade, mas é imperativo que o cuidado com essas crianças seja contínuo, o ano todo. O seminário serve não apenas como um canal para incutir conhecimento, mas também para enfrentar desafios constantes, como a implementação ampla do Método Canguru. Este método dúctil acelera o ganho de peso dos bebês, reduz infecções e promove alta hospitalar antecipada”, destacou Sirmani.
Diolyne Barros, supervisora de Atenção à Saúde da Criança, também elucidou questões cruciais discutidas no encontro, como a validade dos exames pré-natais. Ela afirmou que os exames realizados durante a gestação são pilares na prevenção de partos prematuros, enfatizando que o acompanhamento pré-natal é vital para a segurança tanto da gestante quanto do bebê.
“O acompanhamento no pré-natal é fundamental para garantir o bem-estar clínico da gestante e do bebê. O Sistema Único de Saúde (SUS), através da Atenção Básica que é municipalmente administrada e apoiada pela gestão estadual, assegura esse acompanhamento”, ressaltou Diolyne.
O seminário não apenas promoveu um espaço de aprendizagem, mas também fortaleceu a articulação entre os profissionais de saúde do estado, vital para otimizar as práticas e cuidados no tocante aos desafios da prematuridade. O evento reiterou o compromisso da Sesau em prol de um futuro mais promissor para mães e bebês alagoanos.