Durante a capacitação, foram discutidas questões cruciais como os fluxos da Rede de Urgência e Emergência, o papel do médico regulador e os aspectos legais e éticos do atendimento a pacientes com transtornos mentais. A coordenadora do Samu Maceió, Beatriz Santana, destacou a importância do aprimoramento contínuo: “O atendimento a pessoas com transtornos mentais deve ser realizado com técnica e dignidade. Este curso visa preparar nossos profissionais para um atendimento acolhedor e assertivo, respeitando o sofrimento psíquico de cada cidadão”.
O debate também contemplou a destinação adequada dos pacientes, seja para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou para o Hospital Escola Portugal Ramalho, uma referência em saúde mental. Os palestrantes enfatizaram a necessidade de seguir os fluxos corretos, respeitando normas e legislações vigentes como a Portaria nº 2048/2002.
Rodrigo Nicácio, um dos instrutores, ressaltou a importância do conhecimento legal para garantir mais segurança jurídica e qualidade no atendimento. A médica socorrista Myra Leão reforçou o valor da atualização constante, destacando o papel crucial do profissional na redução de estigmas e na promoção de um atendimento mais humano e eficiente.
As abordagens em situações de risco, como tentativas de suicídio e surtos psicóticos, também foram debatidas. A orientação é manter uma linguagem corporal acolhedora e incentivar o paciente a se expressar sem julgamentos. O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, elogiou a iniciativa do Samu, reafirmando a prioridade da saúde mental e a importância de cursos estrategicamente integrados à rede de assistência.
O evento contou ainda com a presença dos médicos Rodrigo Nicácio, Raphael Carvalho e o psiquiatra Diogo Lira, que contribuíram significativamente para a troca de conhecimentos e experiências entre os profissionais presentes.
