O comércio varejista ampliado, que engloba atividades como veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado, também mostrou um desempenho robusto, com um aumento acumulado de 7% ao longo do ano. Em termos de faturamento nominal, o setor viu um crescimento de 10,1% em 2024, com um salto significativo de 14,5% em novembro comparado ao ano anterior, refletindo a resiliência e o potencial de recuperação do setor.
Um dos fatores impulsionadores desse crescimento é o aumento da renda dos trabalhadores alagoanos. Segundo o Boletim Macro Regional do Instituto Brasileiro de Economia, publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alagoas lidera o crescimento do rendimento real médio dos trabalhadores, com um avanço de 11,6% no terceiro trimestre de 2024, muito acima da média nacional de 3,7%. O estado também se destaca regionalmente, superando outros estados do Nordeste como Rio Grande do Norte e Sergipe.
O salário médio dos trabalhadores aumentou de R$ 2.037 no terceiro trimestre de 2023 para R$ 2.273 no mesmo período de 2024. Além disso, a taxa de desemprego em Alagoas reduziu-se para 7,7%, atingindo a menor marca desde o início dos levantamentos pelo IBGE em 2012. Entre os meses de julho e setembro, cerca de 107 mil alagoanos estavam desempregados, mas esses números foram melhores do que os 113 mil registrados anteriormente, indicando que seis mil pessoas retornaram ao mercado de trabalho.
Essa melhora no emprego está vinculada aos investimentos estaduais em segurança, infraestrutura e turismo, setores que atraíram novos empreendimentos e reforçaram a geração de empregos. Com a segunda maior alta do Nordeste em trabalhadores com carteira assinada, Alagoas demonstra seu potencial em promover um ambiente econômico mais dinâmico e resiliente.