Entre os colaboradores deste ambicioso projeto estão o Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), o Ministério Público Estadual, e uma série de universidades e iniciativas privadas. “A iniciativa fortalece o patrimônio ambiental do estado e desperta a consciência da sociedade sobre a importância da preservação da biodiversidade”, afirma Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA.
A reintrodução do Mutum não envolve apenas a liberação de aves na natureza. O processo compreende a criação de ambientes que simulam as condições naturais da Mata Atlântica, além de um criterioso manejo técnico. Segundo Rafael Cordeiro, médico veterinário do IMA, o progresso deste projeto depende de um planejamento minucioso, análise do habitat e colaboração intensa entre as entidades envolvidas.
O histórico do Mutum-de-alagoas mostra que a conservação é possível com esforço conjunto. Após a transferência dos primeiros exemplares para criadouros em Minas Gerais, o número de aves em cativeiro aumentou significativamente, passando de 200 indivíduos. Este avanço no manejo reforça o potencial de reintrodução e assegura a continuidade de uma espécie vital para o ecossistema local.
Este projeto exemplifica a importância da coalizão entre organizações ambientais, a academia e o setor privado. É um testemunho de que a colaboração e o planejamento estratégico são essenciais para a conservação eficaz e sustentável da biodiversidade, garantindo o futuro da fauna alagoana para as próximas gerações.