Os papagaios passaram sete meses em aclimatação em um viveiro dentro de uma área da Mata Atlântica. Esse tempo foi crucial para que pudessem readaptar-se ao ambiente natural e adquirir hábitos que asseguram sua sobrevivência em liberdade. O objetivo não é apenas preservar a espécie, mas também fomentar seu papel ecológico e combater o tráfico ilegal de animais, como destacou Rafael Cordeiro, médico veterinário do IMA/AL.
A iniciativa é realizada em colaboração com diversas entidades, incluindo o Ministério Público Federal, Instituto Chico Mendes (ICMBio), e várias universidades e usinas locais. A união desses esforços visa reconstruir população de papagaios-chauá que há muito tempo esteve sob ameaça devido à exploração e degradação ambiental, como explicou o promotor Alberto Fonseca.
O papagaio-chauá, uma espécie endêmica do Brasil, é conhecido por sua habilidade de voo e alimentação baseada em frutos e sementes. Historicamente presente em Alagoas, o papagaio foi praticamente extinto na região devido a práticas humanas nocivas. Contudo, graças ao esforço coletivo e à visão de preservação, sua solene reintrodução abre um novo capítulo para a biodiversidade local, destacando a importância da conservação e o combate ao tráfico de fauna.