Alagoas registra triplicação de denúncias de intolerância religiosa em três anos, destacando aumento de 9 para 29 casos entre 2022 e 2024.

Nos últimos três anos, Alagoas tem enfrentado um aumento alarmante nas denúncias de intolerância religiosa, que triplicaram entre 2022 e 2024. Os dados da Polícia Civil revelam que o número de registros subiu de 9 para 29. Contudo, as autoridades alertam que essa ascensão não necessariamente reflete um aumento real nos casos, mas sim uma maior disposição da população para buscar apoio em situações de discriminação religiosa. Este fenômeno se deve à criação da Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina, que tem proporcionado um espaço seguro para o atendimento às vítimas.

Localizada no Centro de Atendimento ao Cidadão (CODE), esta delegacia se destaca como um marco na luta contra os crimes motivados por preconceito religioso. Sua equipe multidisciplinar é composta por profissionais de diversas áreas que atuam em conjunto, garantindo uma abordagem cuidadosa e eficaz na acolhida e investigação de denúncias. O foco especial recai sobre praticantes de religiões de matriz africana, grupos que historicamente enfrentam maior vulnerabilidade e estigmatização.

Além de oferecer suporte às vítimas, o Governo de Alagoas tem intensificado esforços para combater a desinformação religiosa, apontada como um dos principais catalisadores da intolerância. Essa desinformação se manifesta tanto nas redes sociais quanto nas interações cotidianas, alimentando um ambiente hostil e preconceituoso em relação a diversas práticas de fé. Para reverter esse quadro, o Estado tem promovido campanhas educativas que visam esclarecer a importância do respeito à diversidade religiosa e à convivência pacífica entre os diferentes credos.

A multiplicação das denúncias pode ser vista como um sinal positivo de que as vítimas estão se sentindo mais encorajadas a relatar abuso e discriminação. Isso demonstra que, mesmo diante de um cenário desafiador, há uma crescente conscientização sobre a necessidade de respeitar a liberdade religiosa. A instalação de órgãos especializados e a promoção de iniciativas educativas são passos cruciais na construção de uma sociedade mais inclusiva e tolerante, onde a diversidade de crenças possa ser respeitada e celebrada.

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