Alagoas registra 52 casos de justiçamento, com 12 mortes este ano, aponta OAB – Número de casos pode estar atrelado à naturalização do crime.

Alagoas registrou 52 casos de justiçamento, com 12 mortes, de acordo com dados da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Alagoas (OAB/AL). Esses números alarmantes refletem a preocupante situação de violência e falta de conscientização da população sobre a gravidade desse tipo de prática.

A naturalização da justiça com as próprias mãos é apontada como um dos motivos para o aumento dos casos de justiçamento. Muitas vezes, as vítimas são confundidas pelos autores e acabam sendo mortas sem terem cometido crime algum. Isso demonstra a urgência de ações educativas e de conscientização para combater essa prática criminosa.

A Comissão da OAB/AL tem atuado de forma incansável para coibir essas ocorrências, trabalhando em conjunto com as autoridades e acionando os órgãos responsáveis para adotarem medidas cabíveis. Ainda assim, os números deste ano já ultrapassam os do ano passado, o que demonstra a necessidade de ações mais efetivas para combater o justiçamento.

Um caso emblemático ocorreu recentemente em Maceió, onde um homem suspeito de violentar uma criança foi detido e agredido por populares até a chegada da Polícia Militar. Esse episódio evidencia a gravidade da situação e a necessidade de combater a cultura do linchamento e da violência como forma de fazer justiça.

É fundamental que a sociedade como um todo se una para combater o justiçamento e promover a cultura da denúncia e do respeito aos direitos humanos. A violência não pode ser tolerada em nenhuma circunstância, e é papel de todos lutar por uma sociedade mais justa e segura para todos os cidadãos.

Sair da versão mobile