Alagoas registra 375 denúncias de desaparecimento de pessoas em 6 meses: profissionais da saúde coletarão DNA de parentes.

Alagoas registrou um total de 375 boletins de ocorrências de pessoas desaparecidas somente nos seis primeiros meses deste ano, conforme dados revelados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Estatísticas demonstram que, durante todo o ano de 2023, 626 desaparecimentos foram relatados, o que equivale a uma média de 2 pessoas desaparecidas por dia. Esse número alarmante totaliza 1.001 indivíduos desaparecidos nos últimos dois anos. Os dados também revelam uma divisão entre sexos, com 683 desaparecidos do sexo masculino, 305 do sexo feminino e 13 sem informação de gênero. Em relação à faixa etária, 748 são maiores de 18 anos, 238 entre 0 e 17 anos, e em 15 registros a data de nascimento não foi informada.

Nesse cenário preocupante, o Estado de Alagoas participará da Semana Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, que se iniciará em breve. Essa campanha integra a Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, com o intuito de auxiliar na localização e identificação de indivíduos desaparecidos em todo o país. A coleta de DNA de familiares será feita em postos estabelecidos em diversas cidades brasileiras, sendo liderada pela Polícia Científica de Alagoas (POLC/AL).

Durante a semana da campanha, peritos criminais e peritos odontologistas se mobilizarão para coletar o material genético dos familiares das pessoas desaparecidas. A coleta de DNA é crucial para a busca por desaparecidos e pode ser determinante para a resolução de casos pendentes. A perita criminal Barbara Fonseca ressaltou a importância da participação dos familiares e incentivou todos aqueles que ainda não colaboraram a contribuírem.

Além da mobilização para coleta de DNA, Alagoas já tem em andamento o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), o qual conta com a participação de diversos órgãos, como o Ministério Público de Alagoas e a própria Polícia Científica. A Polícia Científica ressalta a necessidade de sensibilização e mobilização da população para a importância da doação de material genético, que pode ser a chave para solucionar casos de desaparecimento.

Por fim, a perita-geral da Polícia Científica, Rosana Coutinho, esclareceu que o material genético coletado na campanha será confrontado com perfis genéticos de pessoas não identificadas, internadas em hospitais e clínicas, ou em corpos não reclamados nos IMLs, buscando trazer respostas para aqueles que aguardam notícias de seus entes queridos desaparecidos. A luta para encontrar pessoas desaparecidas continua, e a participação da sociedade é essencial nessa jornada de esperança e busca incessante.

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