A Rede Alyne homenageia Alyne Pimentel, uma jovem negra que faleceu devido à negligência médica durante a gestação, tornando-se um marco para a condenação do Brasil no Sistema Global de Direitos Humanos. Com o nomeamento, o Governo Federal reafirma seu compromisso em combater as desigualdades e melhorar a saúde materna e infantil.
A fisioterapeuta Bárbara Rose, assessora técnica da Rede Alyne/Sesau, destacou a importância de construir alianças estratégicas baseadas em evidências científicas e práticas exitosas, tanto no Brasil quanto no exterior. “O fórum pretende estreitar a colaboração entre o Estado e municípios, permitindo a construção conjunta de ações. Mensalmente, desde 2023, realizamos esses encontros, e em 2025 estamos promovendo a transição da Rede Cegonha para a Rede Alyne, com novas diretrizes e indicadores”, explicou Rose.
Os novos indicadores introduzidos pela Rede Alyne incluem a identificação de raça/cor e complicações obstétricas, além da atualização dos procedimentos de captação de dados das unidades de saúde. Essas medidas visam especialmente reduzir a mortalidade materna entre a população negra. A triagem neonatal também foi ampliada, passando a incluir o teste da linguinha como requisito padrão, juntamente aos testes já existentes.
Durante o fórum, foram discutidas as ações realizadas no ano anterior e as propostas para 2025, além da atualização dos novos indicadores da Rede. Para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), o evento buscou sensibilizar gestores e profissionais sobre a melhoria contínua na atenção ao parto e ao nascimento.
Keila Moreno, obstetra e coordenadora do setor de obstetrícia do Hospital Regional do Norte, enfatizou a importância da iniciativa, afirmando que os encontros mensais são essenciais para compartilhar experiências bem-sucedidas e esclarecer dúvidas entre profissionais da área. Essa colaboração contínua é vista como um passo crucial para o aprimoramento da assistência perinatal em Alagoas.