A iniciativa, que prevê a aplicação de R$ 1,775 bilhão em todo o Nordeste, tem como foco a população rural do semiárido, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, detalhou o projeto, explicando que o objetivo é garantir acesso à água, segurança alimentar e necessidades básicas da população durante as temporadas de seca e chuva ou eventos climáticos extremos.
Alagoas, por sua vez, está habilitada no edital Sertão Vivo do BNDES, que irá beneficiar 38 mil famílias em 27 municípios do semiárido no estado, em um prazo de quatro anos. Entre os municípios contemplados estão Água Branca, Batalha, Belo Monte, Canapi, Carneiros, Coité do Noia, Craíbas, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igaci, entre outros.
Mercadante ressaltou a importância do projeto tanto para o Brasil quanto para a melhoria das condições de vida da população. Ele destacou que o Sertão Vivo não é apenas um projeto social, mas também um campo de pesquisa para o futuro, com tecnologia social, experiência de acúmulo de água e variedade de produção.
Ao todo, o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas (ONU) destinarão R$ 150 milhões para o projeto, sendo R$ 126 milhões reembolsáveis e R$ 24 milhões não reembolsáveis. A expectativa é de que o programa transforme o semiárido nordestino em referência para solução dos desafios impostos pelo aquecimento global.
Espera-se que os agricultores familiares beneficiados adotem princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade, a segurança alimentar das famílias, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa.
O governador Paulo Dantas ressaltou a importância do projeto para o estado de Alagoas, afirmando que o Governo Federal trabalhará pelo semiárido nordestino, financiando projetos que atendam às necessidades da população em meio às adversidades climáticas.
Com esse investimento de R$ 150 milhões, o projeto “Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste” promete trazer melhorias significativas para 38 mil famílias alagoanas, proporcionando mais segurança e qualidade de vida para a população do semiárido.