O estudo, intitulado “Plantas de cobertura afetando a qualidade do solo e a dinâmica do fósforo em sistema de semeadura direta do milho”, teve à frente a pesquisadora Dayane Ribeiro, sob a coordenação do professor Valdevan Rosendo. Em dois anos de análise, a equipe avaliou como diferentes espécies de plantas de cobertura, como gramíneas e leguminosas, podem beneficiar a fertilidade do solo em um sistema de semeadura direta, que se destaca por não revolver o solo anualmente, minimizando a erosão.
Os resultados revelaram a capacidade destas plantas em melhorar a estrutura física do solo e incrementar a ciclagem de nutrientes essenciais, como o fósforo. O uso de crotalaria juncea, em particular, mostrou-se eficaz na produção de biomassa e na liberação gradual de fósforo. Isso reduz a necessidade de fertilizantes e promove a sustentabilidade agrícola em Alagoas.
Valdevan Rosendo destacou que o sistema conservacionista adotado protege o solo e aumenta a capacidade de retenção de água, melhorando igualmente a produtividade agrícola. A disponibilidade de mais informações e técnicas é fundamental para a preservação dos recursos naturais, oferecendo alternativas aos métodos convencionais de manejo, como a aração e gradagem, que podem degradar o solo.
Além dos avanços técnicos, a pesquisa também reforçou a importância do programa de fixação de jovens doutores, financiado pela Fapeal, que possibilitou parcerias cruciais e troca de conhecimento com instituições renomadas. Dayane Ribeiro enfatizou que o apoio financeiro e institucional foi decisivo para o sucesso da pesquisa, permitindo uma dedicação plena e a realização de ensaios em campo e em laboratório.
A expectativa é que os resultados possam embasar novas práticas e políticas públicas, promovendo a inovação tecnológica necessária para enfrentar os desafios atuais na agricultura do estado. Com o apoio contínuo de iniciativas como a da Fapeal, Alagoas pode avançar significativamente em direção a um futuro agrícola mais sustentável.