O termo “Centauro” remete à riqueza da mitologia grega, onde essas criaturas simbolizam a fusão entre o instinto bruto e a racionalidade humana. Aqui, o sufixo “Mirim” agrega um significado de inclusão, refletindo o objetivo do projeto. O binômio homem-cavalo é um elemento chave no policiamento montado e foi adaptado para esse contexto social, aproximando os jovens do mundo equestre de forma educativa e lúdica.
Uma iniciativa complementar a este projeto é o Pelotão Mirim, também do 3º Batalhão, que há 14 anos acolhe jovens de famílias de baixa renda, oferecendo formação em cidadania, segurança, saúde e prevenção às drogas. Com atividades que acontecem no contra turno escolar, o Pelotão se consolidou como uma poderosa ferramenta de inclusão social.
No Centauro Mirim, atualmente com 16 participantes, as manhãs são dedicadas ao aprendizado que vai além da equitação. O currículo envolve cuidados com os cavalos, ensilhagem, contenção e disciplina, intercalando essas lições com atividades físicas. A sargento S. Melo, uma das idealizadoras do projeto, destaca a evolução das crianças que gradualmente superam suas barreiras, muitas vezes emocionais.
Comandado pelo tenente Murilo Gonçalves, o projeto conta com a dedicação dos cabos Yan Max e Geraldo Neto, e da sargento Jacqueline Praxedes. Juntos, formam uma equipe apaixonada, comprometida em fazer a diferença na vida dessas crianças. Gonçalves expressa satisfação ao comentar que esta experiência está elevando o reconhecimento do policiamento montado em Alagoas.
O sucesso da iniciativa se reflete no desenvolvimento notável dos alunos, como no caso do jovem Adriano Cavalcante, de 15 anos, que já demonstra significativos avanços na equitação. A experiência está não apenas ampliando horizontes, como também proporcionando um impacto duradouro no caráter e nas futuras escolhas de cada um desses centauros mirins. Esse esforço da PM-AL é um exemplo de como forças de segurança podem contribuir positivamente para o crescimento social e pessoal das comunidades que servem.