Capacitação para Combate à Mpox no Aeroporto Zumbi dos Palmares
Em uma ação conjunta realizada na última sexta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promoveram um treinamento crucial no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Rio Largo. O objetivo da capacitação foi preparar os profissionais do aeroporto para lidar com possíveis casos de passageiros infectados pela Mpox, uma doença infecciosa zoonótica causada pelo Mpox Vírus (MPXV), que pode afetar tanto seres humanos quanto outros mamíferos.
Ministrado pela infectologista Luciana Pacheco, o treinamento abordou uma variedade de tópicos essenciais, incluindo uma descrição detalhada da Mpox, seus sintomas, métodos de transmissão e estratégias de tratamento. Pacheco enfatizou a importância de isolar imediatamente qualquer paciente suspeito de infecção para evitar a propagação do vírus. "A recomendação é isolar o paciente e orientá-lo a buscar imediatamente uma unidade de saúde. Dependendo da gravidade, a pessoa pode necessitar de internação", explicou a especialista.
A doença, que voltou a ser classificada como uma emergência sanitária global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresenta sintomas que incluem febre, calafrios, cansaço, feridas na pele, gânglios inchados, além de dores de cabeça, no corpo e nas costas. As lesões cutâneas, uma característica marcante da doença, geralmente aparecem dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem surgir antes desse período.
O treinamento também abrangeu a dinâmica de transmissão do vírus, que ocorre pelo contato próximo com as lesões de pele, através de secreções respiratórias ou pelo uso compartilhado de objetos com uma pessoa infectada. "O vírus pode ser transmitido pelas lesões características na pele ou por gotículas expelidas, como nos espirros", destacou a infectologista.
A iniciativa foi muito bem recebida pelos profissionais. Joyce Cabral, coordenadora do Núcleo Estadual de Vigilância Estratégica (Neve) da Sesau, ressaltou a importância de preparar as equipes para a identificação de pacientes com sintomas da doença. "É crucial que as equipes permaneçam vigilantes para assegurar a segurança clínica da população", afirmou Cabral.
Para a coordenadora estadual da Anvisa, Rosangela Duarte, a colaboração entre diferentes setores e profissionais é fundamental para o controle da Mpox em Alagoas. "Com a participação de diversas áreas, podemos identificar e acolher pacientes com Mpox, controlando o risco de contaminação e assegurando mais segurança para todos", reforçou Duarte.
A capacitação realizada pela Sesau e Anvisa reflete um esforço coordenado e contínuo para garantir que os profissionais estejam devidamente preparados para enfrentar a Mpox, fornecendo uma resposta rápida e eficaz em caso de surtos, e fortalecendo a saúde pública em Alagoas.
