Os dados compilados pela 2ª Seção do Estado-Maior Geral (EMG) de Estatística e Ciência Aplicada e registrados na Central de Atendimento e Despacho (CAD) da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontaram para 45 ocorrências de crimes eleitorais. Dentre estas, foram lavrados 18 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), em coordenação com as polícias Civil (PC) e Federal (PF); 13 flagrantes; nove TCOs realizados pela própria PM, além de cinco boletins de ocorrência.
Entre os crimes detectados, o destaque foi a violação ou tentativa de violação ao sigilo do voto, que contabilizou 13 ocorrências. A prática de boca de urna foi a segunda infração mais comum, com oito casos registrados. Outras irregularidades identificadas incluem o transporte ilegal de eleitores, com seis ocorrências, e a desobediência a ordens da Justiça Eleitoral, com quatro registros. A compra de votos, considerada uma das infrações mais sérias, teve três casos notificados.
As cidades que mais registraram acontecimentos durante o pleito foram Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios e União dos Palmares, com três ocorrências cada uma. Apesar dos números, o comando da Polícia Militar alagoana considerou o pleito relativamente tranquilo.
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, destacou que a segurança para as eleições foi cuidadosamente planejada, com início dos preparativos três meses antes do pleito. “Organizamos cada detalhe para garantir um processo seguro e tranquilo. Nossas equipes foram treinadas e preparadas para lidar com eventuais irregularidades, com toda a logística necessária assegurada. Essa antecipação permitiu realizar reciclagens e atualizações para capacitar nossa tropa”, afirmou Amorim.
O trabalho conjunto da corporação e das autoridades eleitorais visou assegurar a transparência e segurança do processo eleitoral, reforçando o compromisso com a manutenção da ordem pública e democracia durante as eleições em Alagoas.