Segundo as autoridades, a operação envolveu 3.734 processos judiciais, dos quais 120 foram identificados em Alagoas. Foram cumpridos dois mandados de prisão e oito de busca e apreensão em diversos bairros de Maceió, incluindo Benedito Bentes e Santa Lúcia. Os responsáveis pelas prisões foram identificados como dois homens, de 25 e 34 anos.
O esquema consistia em atrair vítimas com promessas de entregas imediatas de imóveis, após o pagamento de uma entrada, induzindo-as a assinar contratos de consórcio que não garantiam a contemplação. Por meio das redes sociais, os criminosos divulgavam anúncios fraudulentos que obrigavam as vítimas, muitas vezes em situações financeiras vulneráveis, a realizarem pagamentos via Pix ou TED, resultando na perda de suas economias.
A operação foi coordenada pelos delegados Dalberth Pinheiro e Michelly Santos e contou com a participação de diversas unidades da polícia civil, incluindo a Delegacia de Estelionatos e a Diretoria de Repressão e Combate ao Crime Organizado. A escolha do nome “Contrato Cego” simboliza a prática do golpe, onde as vítimas assinavam contratos sem estarem cientes das reais condições, caracterizando estelionato e organização criminosa.
Essa operação é um passo significativo na proteção de consumidores e na repressão ao crime organizado, destacando a importância da vigilância e denúncia de práticas fraudulentas. O esforço conjunto das forças policiais reforça o comprometimento das autoridades em combater fraudes e proteger a população de tais esquemas.