As investigações revelaram que o suspeito se apresentava como “pai de santo”, utilizando a religião como fachada para suas ações criminosas. Ele organizava cerimônias sob a mira da promessa de uma ascensão espiritual, alegando que os adolescentes participantes seriam promovidos a uma posição superior dentro da religião. Este discurso ilusório, somado à confiança depositada nele como figura de autoridade religiosa, tornava os jovens vulneráveis.
Durante o inquérito, a Polícia Civil identificou seis vítimas com idades entre 12 e 17 anos, entre elas quatro meninas e dois meninos. Os abusos ocorreram frequentemente entre 2023 e 2024 na casa do acusado, onde as tais cerimônias religiosas se realizavam secretamente.
Com o avanço das investigações, o mandado de prisão temporária foi emitido pelo Poder Judiciário de São José da Tapera, resultando na prisão do acusado em dezembro de 2024. A Polícia Civil continua o trabalho para oferecer todo apoio necessário às vítimas e impedir novos casos, destacando a importância do rompimento do silêncio em situações de abuso. Este caso levanta reflexões não apenas sobre a confiança em líderes religiosos, mas também sobre a proteção dos jovens em contextos de vulnerabilidade.