As investigações revelaram que o líder do esquema era um funcionário do setor financeiro da empresa, que se aproveitava da sua posição de confiança para falsificar folhas de pagamento e adulterar registros contábeis, desviando assim uma quantia milionária. Os recursos desviados eram utilizados para a compra de veículos de luxo, reformas de imóveis e movimentação por meio de contas bancárias de familiares e terceiros. Segundo as autoridades, os crimes investigados incluem furto qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar. O principal suspeito, um homem de 41 anos, foi detido. Além disso, veículos de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos foram apreendidos para auxiliar no prosseguimento das investigações. A aparência de riqueza do suspeito, que passou a ir ao trabalho dirigindo um Mercedes, despertou suspeitas entre os colegas, levando a questionamentos sobre a origem de tais recursos.
O delegado João Marcello destacou a sofisticação do esquema, que dificultou sua detecção por um longo período. Com a operação Proditio, a polícia conseguiu interromper o fluxo de recursos ilícitos e continua investigando para identificar outros possíveis envolvidos. Contas bancárias associadas ao suspeito e a outros aliados foram bloqueadas pela Justiça, enquanto as autoridades trabalham na análise dos documentos apreendidos para mapear os valores desviados. A operação leva o nome Proditio, termo que significa “traição” em latim, refletindo a quebra de confiança do funcionário, que usou sua posição na empresa para benefício próprio. As investigações continuam em busca de mais envolvidos, e novas detenções não estão descartadas.