O crânio foi inicialmente descoberto por pescadores no fundo de um açude em 6 de junho, despertando a curiosidade da população local. Após não ser encontrado nenhum registro policial de desaparecimentos na região, a Polícia Científica de Alagoas foi acionada para investigar o caso.
Os exames realizados no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió, revelaram que o crânio possui características morfológicas de um indivíduo do sexo masculino, com todas as suturas cranianas visíveis. Durante a análise, foram encontrados parafusos oxidados e perfurações feitas por esses parafusos, bem como uma mola presa à mandíbula, indicando um possível uso do crânio para estudos.
A Dra. Ana Paula Cavalcante Carneiro Nemésio, chefe do Departamento de Identificação Humana do IML, explicou que os exames periciais odontolegais são essenciais para a identificação e estudo de ossadas. Além disso, os arcos dentários também são examinados para comparação com dados odontológicos pré-existentes, visando uma possível identificação genética.
O laudo resultante desses exames já foi enviado para o 105º Distrito Policial de Mar Vermelho, a fim de auxiliar nas investigações do caso. A polícia agora busca identificar quem estava utilizando o crânio para estudos e quem descartou irregularmente o material no local onde foi encontrado.
Com essas novas informações, a investigação do caso do crânio encontrado em Mar Vermelho ganha novos contornos, revelando detalhes importantes sobre seu uso e descarte. A Polícia Científica segue trabalhando para esclarecer os mistérios que envolvem esse achado.