Sob a coordenação do perito criminal Paulo Rogério, da Seção de Balística Forense, o processo envolveu a produção de “elementos de munição padrão”, através de disparos controlados com armas selecionadas. Essas informações serão cruciais para o Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB), ajudando a conectar armamentos apreendidos a possíveis atos criminosos ocorridos em Alagoas ou em outros estados.
A seleção das armas segue critérios rigorosos do SINAB, o que fortalece a pesquisa nacional e a eficácia das investigações. “As armas foram escolhidas conforme normas específicas, e os dados coletados serão empregados tanto no nível estadual quanto nacional”, afirmou Rogério.
Esses mutirões, que visam reduzir o acúmulo de armamentos à espera de análise, já estão em sua penúltima fase este ano, com a expectativa de conclusão de cerca de 300 laudos. Os profissionais, voluntários, dedicam horas significativas ao exame destes materiais, seguindo prazos rigorosos.
O contexto atual do estado reforça a necessidade da ação. Em 2024, foram apreendidas mais de 1.400 armas de fogo, e nos primeiros meses de 2025, 653 novas apreensões foram registradas. Todo esse arsenal é essencial para investigações criminais eficazes, alimentando bancos de dados cruciais para a segurança pública.
Essa estratégia é uma continuidade do modelo bem-sucedido implementado em 2024, quando o ICM testou a eficiência de mais de mil armas em apenas oito dias, alcançando todas as metas estabelecidas. Com o aumento das apreensões, a demanda por análises balísticas só tende a crescer, tornando iniciativas como esta fundamentais para o combate ao crime.
